Victor sobre o ex-clube: “Tenho um carinho especial pelo Grêmio”

Victor vai enfrentar o Grêmio em Porto Alegre pela primeira vez. Ídolo do Atlético-MG e um dos principais heróis da conquista da Taça Libertadores, o goleiro também marcou época no clube gaúcho, que defendeu entre 2007 e 2012. Tanto que Victor faz questão de falar sobre o sentimento que ainda tem pelo Tricolor Gaúcho.
- Eu tenho um carinho especial pelo Grêmio. Defendi o clube por cinco temporadas, quase 300 jogos. Fico feliz em poder rever meus amigos com quem eu convivi durante todo este tempo. Vivo outra realidade, em outro clube. Mas o Grêmio é um clube que eu levo guardado em meu coração porque me ajudou a projetar para o futebol e também para a Seleção Brasileira.
O goleiro espera ser bem recebido em Porto Alegre, ao contrário do que aconteceu quando o Galo enfrentou o Internacional, em Novo Hamburgo, no mês passado. Na ocasião, Victor foi hostilizado pela torcida colorada e foi expulso após o término do jogo por chutar uma bola em direção à arquibancada.
- A gente não sabe. Espero que eu seja bem recebido. Até pela história e por tudo que vivi no clube. Claro que quando começar o jogo vou defender o Atlético-MG, mas é como eu falei, tenho um balanço positivo no Grêmio e fui muito feliz lá. Só tenho coisas boas a falar do clube.
Grêmio e Galo se enfrentam a partir das 18h30m (de Brasília), deste domingo, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

Chegada do Galo à Arena é tranquila; Ronaldinho ouve gritos de ‘pilantra’

A delegação do Atlético-MG chegou a Arena do Grêmio sob forte escolta policial, afinal, dentro do ônibus estava um dos maiores desafetos da história do clube gremista, o meia Ronaldinho Gaúcho. Mas ao contrário de outras recepções, o jogador foi hostilizado por um pequeno número de torcedores e teve que ouvir os gritos de “pilantra”.

Já nas dependências da nova casa do Grêmio, um a um os jogadores do Galo passaram tranquilamente pelo acesso aos vestiários, sendo que Victor foi muito festejado pelos poucos torcedores gremistas no local. Último a descer do ônibus, Ronaldinho teve tratamento oposto ao apresentado fora do estádio. O meia conversou e abraçou diversos funcionários do clube gremista, afinal, a delegação Tricolor chegou poucos minutos depois da alvinegra.

R10 ainda conversou por alguns minutos com o goleiro Dida e com o atacante Kléber. Em seguida, se encaminhou para o vestiário dos visitantes. No caminho, Ronaldinho falou rapidamente sobre as impressões que já havia da nova Arena do Grêmio.

Victor reclama da ‘altitude’ de Goiânia e do empate contra o Goiás

Atlético-MG e Goiás fizeram um jogo sem graça nesse sábado, no Serra Dourada, e o empate sem gols acabou justo para os dois lados. Mas o goleiro Victor acredita que o placar poderia ter sido favorável ao Alvinegro, sobretudo por ter jogado parte da etapa final com um homem a mais.
- A gente teve mais volume, mais posse de bola, só que no segundo tempo caímos um pouquinho. Mas não dá para considerar o resultado bom, com um jogador a mais em boa parte do segundo tempo poderíamos ter sido um pouco mais incisivos.

Por outro lado, o goleiro valoriza o ponto ganho, ainda mais por ter jogado num clima que lembra o de locais com grande altitude.
- É difícil jogar aqui, um campo muito grande, tem a umidade do ar muito baixa e isso acaba dando uma afogadinha na gente. Isso é normal, eles estão acostumados e dá até para comparar como se fosse jogar um pouco na altitude, destacou.
Com o ponto conquistado o Galo chegou a 20 e segue na 13ª posição. Na próxima rodada, o Alvinegro recebe o cambaleante Fluminense, no Independência, às 21h50m (de Brasília), da quarta-feira.

Pierre lamenta falta de agressividade do time em empate com o Goiás

Quando um jogo é truncado geralmente é porque o trabalho de defensores e volantes é bem feito. Goiás e Atlético-MG fizeram um jogo com esta característica nesse sábado por isso o zero insistiu em permanecer no placar. Nem mesmo o fato de o Esmeraldino ter ficado com dez jogadores em parte da etapa final, por causa da expulsão de Vítor, fizeram com que o gol saísse. Pierre deu sua opinião sobre a partida.
- Sabemos que é difícil jogar contra o Goiás no Serra Dourada. Eles têm uma bela equipe que vem fazendo uma grande campanha, está bem na Copa do Brasil e o torcedor compareceu. Mas faltou a gente agredir um pouco mais, principalmente quando ficamos com um homem a mais, mas infelizmente não deu. Agora é continuar o trabalho porque temos que fazer nosso dever de casa.
Substituído na etapa final e mancando um pouco em direção ao vestiário após o apito, Pierre descartou uma lesão e explicou que a mudança foi opção do treinador.
- Não senti nada, foi mais por uma opção do Cuca de colocar o time para frente. Mas agora é descansar porque é jogo em cima de jogo, uma maratona forte. Precisamos somar pontos para ver se conseguimos entrar na briga e chegar no pessoal ali da frente, completou.
O próximo jogo do Galo será na quarta-feira, diante do Fluminense, no Independência, em BH. A partida será às 21h50m (de Brasília).

Réver vai na contramão da maioria e fica satisfeito com empate

A opinião de quase todos no Atlético-MG é de que o resultado em Goiânia poderia ter sido de vitória em favor do Galo, principalmente pelo fato de o time ter atuado com um homem a mais em parte do segundo tempo. Para esse maioria em questão, o empate acabou sendo ruim. Mas para o zagueiro Réver, o ponto conquistado deve ser comemorado.
- Acabou que não conseguimos ter chances claras com esse homem a mais que tínhamos no final da partida. No primeiro tempo, 11 contra 11 tivemos mais chances, mas não tivemos tranquilidade de concluir bem ou deixar o companheiro na cara do gol. Mas, fora isso, temos que valorizar sim, poderia ser melhor, mas conquistamos um ponto importante por ser fora de casa. Temos que valorizar isso e pensar no jogo em casa, nos três pontos, porque só assim esse ponto fora vai fazer a diferença.
Révr ainda elogiou Emerson, estreante da noite e nova opção de Cuca para o miolo de zaga.
- Foi tranquilo, um grande jogador, não muda muita coisa. Até mesmo ele com o Léo não vai ter dificuldade porque são jogadores experientes. Nós acabamos anulando o ataque do Goiás, o Walter, que vem se destacando com gols.

Na Bolívia, Tite espera pressão em defesa de título da Libertadores

O técnico Tite admite que o Corinthians inicia a Taça Libertadores sem aquele trauma de nunca ter vencido a competição sul-americana. Mesmo assim, ele mantém o nível de cobrança às vésperas da estreia em 2013 – nesta quarta-feira, contra o San José, da Bolívia, em Oruro. O Timão está preparado para defender seu título e brigar pelo bicampeonato. Tite quer continuar tendo essa responsabilidade.
– Quero continuar carregando esse peso de campeão. A responsabilidade agora é igual, o peso é igual. Não é mais difícil vencer do que seguir vencendo. Ainda quero continuar carregando esse peso – afirmou Tite, em entrevista após o treino desta terça, em Cochabamba.
A estreia terá um cenário difícil. Em Oruro, a 3.700m do nível do mar, o Timão vai enfrentar adversidades típicas de um jogo na altitude – falta de ar e mudança na velocidade da bola, principalmente. Por isso, no treino desta terça, Tite trabalhou muito os lançamentos e as longas inversões de jogo na parte defensiva, e o toque curto de bola no setor ofensivo.
– A altitude cria dificuldades, mas temos de ter sabedoria para suportar. Outras adversidades vão aparecer, mas trabalhamos em cima da característica da altitude, com o passe no pé. O lançamento, o passe preciso, a compactação... Se vai e volta toda hora, a perna incha. As aproximações são fundamentais nesse jogo – avisou Tite.
– Espero um bom desempenho, essa é a ideia. Tem de buscar o equilíbrio e a consistência, além de dar menos chances ao rival – completou.
Com esse espírito, o Corinthians embarca para Oruro no fim da tarde desta quarta-feira, quatro horas antes da partida. O objetivo é evitar ao máximo os efeitos da altitude – a comissão técnica considera que o período de seis horas é suficiente para ninguém se sentir mal

Amigo revela que Sócrates pensou em pedir dispensa da Seleção em 86

 Se estivesse vivo, Sócrates completaria nesta terça-feira 59 anos. No dia de mais um aniversário do Doutor, um de seus principais amigos, Roberto Bueno, fez uma revelação surpreendente. Ele afirmou que Sócrates se arrependeu em não ter pedido dispensa da Copa do Mundo de 1986. Segundo Bueno, Sócrates confessou que deveria ter saído da seleção brasileira em solidariedade ao atacante Renato Gaúcho, cortado pelo então técnico Telê Santana.
Perto do início da Copa do México, em 1986, Renato, então jogador do Grêmio, chegou atrasado à concentração junto com o lateral Leandro e foi cortado do grupo por Telê. Leandro não foi punido, mas, no dia do embarque para a Copa, foi solidário ao companheiro e pediu dispensa da seleção.

- O Sócrates me disse que o Telê tinha liberado todo mundo para uma festa até umas 22h. Poucos voltaram no horário combinado, muitos pularam o muro depois, inclusive o próprio Sócrates pulou o muro da Toca da Raposa. O Renato estava gostando e ficou, o Leandro, para não deixar o Renato sozinho, permaneceu junto. O Sócrates me disse que se arrependeu de não ter pedido dispensa (da Copa). Porque o Leandro, em consideração ao Renato, não foi para a Copa. O Telê, se ele tinha cortado o Renato, deveria ter cortado todo mundo. O Sócrates me disse: “Buenão, eu fui covarde, também deveria ter pedido para não ir” - revelou o amigo.


Bueno conviveu com o Doutor em Ribeirão Preto durante 18 anos. Músico, ele gravou um CD em parceria com Sócrates nos anos 90. No aniversário do amigo, Bueno revela o desejo em publicar um livro com letras e poesias do Doutor.
- Tenho muitas coisas do Sócrates comigo, outros amigos também guardaram, até combinamos de fazer um livro com as poesias dele, e de publicar até com a letra dele, mas tem umas que não dá para entender - comentou com bom humor, que logo deu lugar à emoção, ao relembrar a morte do amigo, em 4 de dezembro de 2011.
- Era uma amizade muito pura. Estou com saudade de você, amigo - disse, com os olhos cheios de lágrimas.
Doutor em 1986
Na Copa do México, Sócrates não estava em sua melhor forma física, mesmo assim disputou cinco jogos e fez dois gols, porém, nas quartas de final contra a França, na disputa de pênaltis, ele errou uma das cobranças, assim como o zagueiro Júlio César.